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Adeus, ó vila de Serpa

 

Teatro Baal17 em Serpa

Adeus, ó vila de Serpa 

Música tradicional. 
Letra do Mestre José Gato

Adeus, ó vila de Serpa, 
Saudades quem as não tem? 
Dentro das tuas muralhas 
Há uma rosa a quem quero bem.

Adeus, ó velhos castelos, 
Companheiros do luar, 
Quem me dera já lá ir, 
Quem me dera já lá ir, 
Para me ouvires cantar!

Das ruas que Serpa tem 
Há uma que tem mais graça. 
É a das Portas de Beja, 
Desde o Arco até à Praça!

Cantigas de Serpa são 
Bagos de trigo nascendo. 
São bocadinhos de pão 
Que só nos sobra em morrendo!

Adeus, ó velhos castelos, 
Companheiros do luar, 
Quem me dera já lá ir, 
Quem me dera já lá ir, 
Para me ouvires cantar!
http://www.joraga.net/gruposcorais

Há muitos anos, aquando dos primeiros intercâmbios que o nosso saudoso Maestro Comendador Emílio Porto empreendeu com os Corais orientados pelo distinto musicólogo - Professor Fernando Malão, esta foi uma das cantigas alentejanas que ele, com a sapiência que lhe foi sempre reconhecida nesta área, adaptou para o nosso Grupo Coral sendo uma das mais bem conseguidas, e tanto assim é que o nosso novo Maestro, Prof. Hildeberto Peixoto, entre dezenas de outras, a incluiu na resenha histórica que assinalou a passagem dos 30 anos do Grupo Coral, na atuação que teve lugar na abertura da Semana dos Baleeiros 2013, na Matriz Lajense.

Estando agora em Serpa, por motivos familiares, foi com alguma emoção que percorri as ruas “dentro das tuas muralhas” e relembrei outras vindas ao Alentejo integrando o Grupo Coral das Lajes: Santiago do Cacém (a primeira), Santo André e Sines, não esquecendo uma memorável atuação na igreja-matriz de Aljustrel, inesquecível monumento único naquelas remotas paragens alentejanas.

Voltando a Serpa - com um céu azul deslumbrante - e à sua vida pacata, mas também religiosa, com uma entusiástica festa em honra da sua padroeira a Senhora do Guadalupe, onde se integra a filarmónica local  http://www.youtube.com/watch?v=nhf5EZnznKs, encontrámos uma intensa atividade cultural, como a musica tradicional alentejana do Grupo etnográfico e de cantares da Casa do Povo e o “Trigo Roxo” (grupo masculino, há 40 anos a cantar o Alentejo) http://www.youtube.com/watch?v=VUcXy30xOEw; já a atividade teatral é desenvolvida através de dois agrupamentos autónomos, um deles Baal 17 (baixo alentejo e alentejo litoral–17 municípios) candidata-se a diversos apoios e consegue manter uma atividade anual, dirigida para escolas e público em geral, tendo por base o Cineteatro municipal de Serpa. Mas interessante mesmo, para a nossa abordagem ao teatro de Serpa, neste modesto apontamento, é o termos encontrado a trabalhar nesta peça - “Clean PLAY! Clown” duas jovens profissionais de teatro da nossa terra: a Catarina Inácio, filha do amigo Osvaldo Inácio e a minha filha Helena Ávila.

Emigrantes do teatro e da cultura?

Assim parece, mas valeu a pena e votos de muitos sucessos neste mundo árduo mas compensador, que é o mundo da cultura.

 

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